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Mosqueiro recebe orientações para elaboração de projetos culturais

Fonte e foto: agência Belém

O setor cultural do distrito de Mosqueiro vive novas possibilidades de acesso à legislação de incentivo financeiro, a partir da participação em editais disponíveis pelo município de Belém, com apoio do Ministério da Cultura e facilitadas pela Fundação Cultural de Belém (Fumbel) e Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). 

A primeira oficina preparativa ocorreu sábado, 26, e neste domingo, 27, na sede da Agência Distrital de Mosqueiro (Admos), reunindo mais de 50 fazedores e fazedoras de cultura da ilha. 

Segundo o diretor geral da Fumbel, Jamil Mouzinho, o evento serviu para esclarecer sobre a Lei Paulo Gustavo, que já está com recurso disponível, e também adiantar o cenário da lei Aldir Blanc 2 e outras possibilidades abertas pela retomada das atividades do Ministério da Cultura. 

“Estamos diante da execução da Lei Paulo Gustavo e com o Conselho Municipal de Cultura de Belém em pleno funcionamento, por isso, acreditamos que o momento é propício ao aprendizado e iniciamos as oficinas pelos pontos mais distantes da capital, como os distritos de Mosqueiro, Icoaraci, Outeiro e Cotijuba, para deixar nossa mensagem de otimismo e de colaboração aos fazedores e fazedoras de cultura, para que eles aprendam a fazer projetos de captação de recursos com total apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel”, disse o diretor.

Recursos

A Lei Paulo Gustavo tem disponibilizados mais de sete milhões de reais ao município de Belém. Desse montante, segundo Jamil Mouzinho, 75% serão destinados aos projetos de audiovisual e os 25% para iniciativas culturais de outros segmentos.

Editais

“Por isso, é muito importante que nossos fazedores e fazedoras de cultura estejam preparados e apresentem projetos com informações técnicas e relevantes, que possam contemplar as exigências contidas nos editais. Nesse contexto, a Fumbel está pronta para orientar e ajudar no que for necessário, por meio dos conselheiros culturais e, no caso dos distritos, as agências distritais”, destacou Jamil Mouzinho.

Otimismo

Para quem participou da oficina, ministrada pelo facilitador Tiago Saboia, da Fadesp, o momento é de otimismo e oportunidades.

Em dois dias, a oficina reuniu representantes da literatura, música, artes plásticas, artesanato, esportes, carnaval, moda, dança, reciclagem, capoeira, religião de matriz africana e gastronomia.

Detalhes, memórias afetivas e relatos

As ideias apresentadas na oficina foram ricas de detalhes, memórias afetivas, relatos sobre a importância da ancestralidade e preservação ambiental.

O facilitador Tiago Saboia ficou entusiasmado com tantas propostas de projeto cultural. “De todas as oficinas que já participei essa de Mosqueiro foi muito rica e participativa”, disse o instrutor.

Novo momento

Para a conselheira Dalva Luzia Vila Antunes o momento é de gratidão. “Estamos vivenciando um novo momento, pois, o segmento cultural de Mosqueiro estava esquecido e agora pela primeira vez estamos sendo assistidos e vamos continuar realizando mais ações nesse formato, visando ampliar as possibilidades e dar vida nova ao setor cultural de Mosqueiro”, ressaltou a conselheira, representante da sociedade civil mosqueirense. Pelo governo municipal os conselheiros são: Vanessa Egla, agente distrital como titular e Geogenor Kalife como suplente. 

Diversidade

O setor cultural de Mosqueiro é amplo e com grande diversidade. Além da música, o distrito tem grande potencial na literatura, artes, dança, gastronomia, carnaval, esportes, além de atividades de matrizes africanas.

Para o escritor e professor Sandro Arlan, autor da série temática “Contos e Causos: Mosqueiro e seu mundo sobrenatural”, a oficina de elaboração de projetos foi muito proveitosa.“Eu gostei muito”, disse. 

Cada vez melhor

Já Cirene Barboza, tapioqueira há mais de vinte anos, a oficina reforçou o aprendizado sobre fortalecimento da identidade cultural, por meio da gastronomia. “Muito bom, eu vou organizar um projeto para realização do festival da tapioquinha de Mosqueiro, que é conhecida internacionalmente”, disse.

A oficina ainda reuniu o professor Bira Marques, autor do projeto da Companhia de Dança como ferramenta de inclusão social para mulheres idosa; Alexandre Brito, representante da cultura afroreligiosa; Helen Campinas, da Escola de Samba Piratas da ilha, campeã do Carnaval de Mosqueiro; e representantes das comunidades ribeirinhas de Mosqueiro.

“O trabalho vai continuar com objetivo de fazer a cultura de Mosqueiro cada vez melhor”, disse Georgenor kalife, conselheiro e diretor da Agência Distrital de Mosqueiro.

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